domingo, 28 de agosto de 2011

Natural Mystic*

* o nome desse post é uma homenagem à nossa música "tema", do CD do Bob Marley que o Rafa colocou no churras no dia q nos conhecemos e a Má disse: "nossa, vc colocou Bob, adoro..." e depois disso... viveram felizes para sempre, rsrsrs








Iniciamos o dia com um delicioso café da manhã. O Rafa optou pelo "full English breakfast" (com bacon e sausage) e a Má pelo "café  mairês" (com linhaça e yogurt" :-). Logo após o café fomos para Avebury, cidade onde está o Stone Circle.



Fomos então conhecer o Stone Circle, o maior círculo de pedras (megaliths) do mundo. Falando assim, parece meio sem sentido, mas essa região é considerada um patrimônio da humanidade e de grande valor arqueológico. Tanto esse Stone Circle quanto Stonehenge (mais famoso) datam da pre-história, entre a idade da pedra e a era do bronze. Não se sabe ao certo qual era a função deles, até hoje permanecem um mistério para nossos historiadores.





O mais interessante disso é percebermos que já naquela época o homem possuía conhecimentos refinados de engenharia, astronomia e agricultura. Eles levantaram pedras enormes, de muitas toneladas, faziam escavações e construíam monumentos, tudo calculado de forma a fazer o sol bater em certos ângulos e gerar sombras específicas em dias e horas determinadas. E tudo isso com instrumentos muito rudimentares, ou então desconhecidos para nós... 


Foi impressionante vermos com os próprios olhos esses rastros deixados por nossos ancestrais longínquos. Outro detalhe interessante é que esses monumentos foram construídos possivelmente na mesma época em que os egípcios faziam pirâmides, e talvez tenha havido comércio entre essas duas civilizações.






Nosso passeio pelo Stone Circle foi acompanhado de 2 guias experts no assunto, autores de livros à respeito. Fizeram várias demonstrações do campo energético e magnético existente no local e nas pedras. Impressionante!!
Terminado o passeio, tentamos almoçar num restaurante ao lado, mas a espera de uma hora nos fez desistir. Compramos um lanchinho na vendinha da cidade e fomos pro carro, que estava num estacionamento há uns 10 min de caminhada dali. No caminho, o tempo fechou rapidamente e caiu um toró daqueles. Sem nada para nos proteger, ficamos totalmente ensopados... só rindo, ou melhor, gargalhando, da nossa situação.


Corremos até o carro e fomos para o hotel trocar de roupa. Detalhe: a Má ficou sem o único casaco da viagem e o Rafa já não tinha mais calça jeans limpa... Ainda bem que a dona do hotel se dispôs a lavar e secar a roupa na máquina. Secos, de banho tomado e alimentados, voltamos para o carro e pensamos: "E agora, são 4 da tarde, o que fazer?"
Queríamos encontrar os famosos Crop Circles (desenhos enormes feitos nos campos de trigo). Fomos então a Devizes, atrás da agência de informações ao turista. Por ser domingo, estava fechada, mas por sorte conhecemos na rua dois senhores muito gente boa. Um deles nos convidou para voltar no dia seguinte para o carnaval da cidade e o outro fez questão de nos levar até a estrada onde conseguiríamos achar algum Crop Circle ainda não cortados (chegamos na época da colheita, por isso temia que os que tinham aparecido nas semanas anteriores teriam sido cortados).Começamos então nossa busca pelo primeiro Crop Circle. O caminho sugerido não nos levou ao Crop Circle em si, mas vimos o primeiro White Horse da viagem!
Os White Horses são desenhos de cavalo esculpidos no chão de colinas na pedra calcária. As pessoas raspam a superfície até chegar no calcário, e depois o mantém assim ano após ano... Os primeiros cavalos foram feitos na região entre as idades da pedra e do bronze, depois viraram uma tradição, existem uns 5 ou 6 por ali.
Depois de andarmos bastante nas estradinhas, já pensando que esse não seria o dia de ver o Crop Circle, cruzamos uma senhorinha subindo uma ladeira absurda no meio do nada. Perguntamos e ela nos indicou que havia um, ainda não cortado, no pé de outro cavalo branco e de um obelisco. Nos apontou o caminho, e fomos atrás. Chegamos no local indicado, acompanhados de um arco-íris de ponta a ponta do vale, uma visão linda! Bom, ao olhar ao redor, nada de ver Crop Circle. Resolvemos subir o morro do obelisco para ver se de cima avistávamos o prometido desenho. 



Subimos, subimos, subimos, até nossos calçados ficarem bem úmidos e brancos do calcário e barro no piso. Mas valeu a pena: no meio do caminho, enquanto tirávamos umas fotos, avistamos do outro lado da estrada o tão esperado! Lá estava ELE! Uhhuuuu! Ganhamos o dia!
Após tirarmos umas fotos da vista de cima, descemos o morro correndo para aproveitar a luz do dia e ainda ir andar nele. Pegamos o carro e, apesar de termos feito o caminho mentalmente lá de cima, ainda precisamos da ajuda de duas pessoas que passeavam seu cachorro para nos guiar em nossa odisséia.
Enfim, chegamos! Atravessamos a plantação de trigo, afundando alguns centímetros no barro do chão molhado, para podermos andar dentro dele. Impressionante o trabalho! Perfeito!!! Quem os faz, faz muito bem. O trigo dentro do desenho fica dobrado, rente ao chão, e o que mais impressiona é que ele segue o fluxo do desenho. Por exemplo, quando há um círculo grande, há um ponto no centro do qual todo o trigo dobrado parece emergir, "fluindo" em direção às bordas do círculo. É realmente impressionante!!

Nós no Crop Circle





Ficamos ali feito duas crianças, saboreando o momento ali dentro. Por coincidência, o Rafa tinha gravado no iPhone e dele a imagem aérea deste Crop Circle específico. Assim, foi como ter um mapa e sabíamos sempre onde estávamos no desenho. Chegamos ao centro dele e ali ficamos, assistindo a um lindo por do sol, especial! Realmente foi uma experiência muito especial! Saímos de lá ainda extasiados por tê-lo encontrado. Voltamos para a cidade para comer algo e fomos dormir, muito felizes.





Vista aérea do Crop Circle onde andamos



Nenhum comentário:

Postar um comentário