domingo, 25 de setembro de 2011

Curtindo os Himalaias

Após um merecido descanso de cerca de 12 horas, acordamos para o café da manhã e logo fomos abençoados com a vista do nosso quintal, os Himalaias!! De encher os olhos! O Rafa se juntou ao Geraldo e ao Hermes para fazer uma caminhada matinal até um templo no topo de um dos morros mais próximos, que conseguíamos ver do nosso hotel e que devia ter uma tremenda vista. A Má, como boa parte das mulheres do grupo, não se sentia muito bem ainda, e ficou descansando ao sol junto a elas, na frente do hotel.








A subida dos homens para o templo foi maravilhosa! Pararam diversas vezes para tirar fotos e apreciar a linda vista, além de respirar fundo aquele ar puro mas de oxigênio rarefeito. Chegando ao templo, uma surpresa: um homem, que se dizia o Baba, espécie de guardião do templo que mora ali nas montanhas, estava ali nos esperando. Em seu inglês precário, conversou um pouco com eles e fez a previsão que o Rafa voltaria para esse templo no ano que vem, já sendo pai... [sem comentários: ser pai no próximo ano tudo bem, agora qual é a chance do Rafa voltar ali, rsrsrs]





Tiraram diversas fotos e participaram de uma pooja com alguns outros Sadhus (renunciantes que dedicam a vida à busca de conhecimento espiritual). Depois também conheceram um grupo de 3 peregrinos que estavam caminhando há quase dois meses, cerca de 900km, e ainda tinham mais quase um mês e dois destinos distantes pela frente.
 





Depois, decidiram sair dali e caminhar mais um pouco para um platô ali perto, para apreciar a vista e conversar um pouco sobre a vida. Para o Rafa, esta foi uma das conversas mais legais da viagem, onde ele pôde ouvir as experiências de vida de duas pessoas muito legais e pensar um pouco a respeito. Foi tão legal essa conversa que, no fim do dia, ele resolveu voltar lá em cima para deixar ali a pedrinha que ele havia carregado desde o inicio da caminhada a fim de doar para Shiva...



Na volta para o hotel, almoçamos e, enfim, recebemos nossas malas!! Colocamos roupas quentes e fomos caminhar com o grupo todo, para conhecer a cidade e sentar um pouco à beira do rio para apreciar a vista e meditar. Para a Má, este foi um dos momentos mais especiais da estadia em Kedarnath. Depois, fizemos uma roda sentados atrás do templo de Shiva e ficamos conversando sobre o significado daquilo tudo. Foi muito inspirador!

Antes de trocar de roupa, finalmente um banho quente... mas de balde, afinal chuveiro aqui seria luxuoso demais, rsrsrs











Em seguida, o grupo se dispersou. O Rafa encontrou o Andres, nosso guru gente finíssima, que o convidou para jogar xadrez com uns locais. Foi uma experiência divertida, acabou juntando um grupinho de pessoas para ver o segundo jogo de Brasil vs. Índia, já que o Andres havia jogado e ganhado de manhã. Foi um jogo legal, com várias reviravoltas, mas que acabou empatado... Ao menos mantivemos a vantagem brasileira no placar geral, rsrsrs!






Depois o Rafa fez sua caminhada novamente até o platô e fomos todos jantar. No final ficamos novamente com nosso casal de amigos, Ana e Geraldo, conversando e tomando um chá. Fomos dar uma volta para ver as estrelas, que naquele lugar isolado, alto e com pouca luz, brilhavam como diamantes no céu! Parecia que não caberia mais nenhuma, vimos a via láctea e nos lembramos da nossa subida noturna para o monte Sinai, que fizemos na lua de mel! São raras as oportunidades que temos na vida de apreciar o céu noturno em locais como este, e temos que aproveitá-las! Finalmente fomos dormir para nos preparar para a nova experiência do dia seguinte: descer de helicóptero para a base da caminhada!



2 comentários:

  1. Rafael e Maira....nesse local, à beira de um rio nos Himalaias, defronte a uma manifestação majestosa da natureza, no silêncio de nossas mentes e na aquietação da alma temos a exata noção de que somos parte de um todo e não a principal parte do todo....que temos sim que interagir com o mundo e com as pessoas e não nos utilizármos deles para fins muitas vêzes mesquinhos e sonhos "megalomaníacos".....que temos que nos olhar e olhar a nossa volta e respeitar todos em suas individualidades e não ter a pretenção de julgar o mundo sob nossas crenças e valores...uma só palavra.....NAMAHA (deixe estar)

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