quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Finalmente um gorózin indiano!!!


Hoje foi mais um dia de viagem de jipe interminável! Os Himalaias impressionam não apenas por sua beleza, mas também pela quantidade de estradas sinuosas e em mal estado de conservação... Aqui, quando vemos uma placa que diz que faltam 58 Km, sabemos que ainda faltam 2 horas ou mais de viagem, pois a velocidade média é de cerca de 30 km/h...
O trajeto hoje era sair de Badrinath e ir dormir em Rudrapraiag, onde tinhamos parado na ida também. Esta cidade fica aproximadamente na metade do caminho até Rishikesh, nosso destino final com os jipes.







No caminho, paramos numa cidade chamada Joshimath. Esta cidade tinha um interesse especial para o Rafa: é o local onde fica a estação de esqui mais famosa da Índia! Ainda não há neve até novembro, mas ele queria assim mesmo conhecer e se informar...


Antes, porém, fomos com o grupo visitar um templo. Lá chegando, fomos recebidos por um senhor muito simpático, que ficou todo empolgado com a visita de um grupo tão grande de brasileiros. Ele nos explicou várias coisas a respeito de vedanta, nos levou para fazer uma meditação na caverna ao lado do templo, tirou várias fotos com o grupo e anotou nosso endereço para mandar livros e coisas do tipo. O interessante é que ele não é um Swami, apenas uma pessoa interessada em vedanta, que passa cerca de 2 meses por ano ali, mas leva uma vida profissional normal, como advogado.








Depois, o Rafa foi conhecer o dono da principal agência de turismo-aventura local. A conversa foi super legal, o cara também faz snowboard e disse que a estação é bem legal, que esquia-se entre árvores num cenário lindo! Também falou que eles tem várias opções para aproveitar os fora de pista: organizam caminhadas carregando o snow, tem um esquema de moto-ski, e estão querendo montar um esquema de Heli-ski para esta próxima estação! E aí Leo, vamos combinar a próxima snow-trip aqui nos Himalaias?!!


Bom, depois retomamos a estrada e finalmente chegamos ao nosso hotel em Rudrapraiag ao anoitecer. Já antes do jantar, uma ótima noticia: um de nossos amigos do grupo, o Hermes, disse que tinha conseguido uma bebida local. Como era pouco e não era permitido por ser uma cidade sagrada, pediu que guardássemos sigilo... Ok, jantamos ao ar livre e ficamos por ali batendo papo com o pessoal.


Dali há pouco, os motoristas colocaram música indiana no som do carro e começaram a dançar! Parecia aquelas cenas da novela Caminho das Índias, onde os homens dançavam juntos... A galera se empolgou, batemos muitas palmas e demos muita risada. Aí apareceu o cozinheiro, visivelmente chapado e cambaleando. Os caras tentavam convencer ele a dançar, mas ele queria mesmo deitar num canto e dormir. O Rafa comentou com o guia: "o café da manhã amanhã será às 11h!" Deram muita risada, e o Rafa perguntou onde arrumava o que o cozinheiro tinha tomado. O guia, que já tava esperto, apontou para o Hermes: "ele já tem, pede pra ele..."






Esperamos um tempinho para o grupo se dispersar, para não chamar muita atenção. Aí o Hermes trouxe do quarto dele dois copos de Kacchi. Trata-se de uma bebida local feita a partir de arroz, tal como o Saquê. Porém, é bem mais forte do que Saquê, tem gosto de bebida destilada e deve ter uns 35º. O Rafa, depois de 2 semanas de abstinência, adorou a sensação de ficar alegre! Em seguida, fomos dormir felizes para descansar e nos preparar para a longa estrada do dia seguinte...

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