sábado, 24 de setembro de 2011

Himalaias, aqui vamos nós!!! Pernas pra que te quero!

Acordamos cedinho, colocamos a malas nos jipes e lá fomos nos para iniciar a caminhada de 14 km e chegar à 3.500 m de altitude em Kedarnath! É nesta cidade que acredita-se que Shiva apareceu para aquela família que buscava iluminação. Este percurso é similar em significado ao caminho de Santiago de Compostela, ou ao do Monte Sinai no Egito. Vários peregrinos da Índia inteira se preparam durante meses ou anos para fazer esta viagem.

Ao sair do hotel, vivenciamos uma situação inusitada: um homem se aproximou da janela do motorista e conversaram, de repente o cara escalou o capô e seguimos nosso caminho esburacado com ele surfando na parte de cima do carro...



Chegamos no portal de entrada deste famoso caminho, que é sagrado para os indianos. Para nossa surpresa, é repleto de lojinhas vendendo de tudo e mais um pouco. Logo mais a frente fica o aluguel da mulas para os peregrinos que preferem fazer o trajeto desta forma, em geral por falta de preparo físico para enfrentar a longa caminhada.

 




Nosso grupo decidiu ir caminhando até que o cançasso vencesse e alguns resolvessem pedir uma mula no meio do caminho. Dito e feito, cada um respeitou os seu limites e foi até onde deu conta. Nós dois e mais um grupinho chegamos andando até a cidade. A caminhada durou cerca de oito horas. Iniciamos ás 9:40 e chegamos em Kedarnath às 18:00. O mais bonito do trajeto inteiro, fora a vista maravilhosa da montanha e as várias cachoeiras, foi ver como cada um do grupo se ajudou da forma que podia.
















A Má sentiu bastante a falta de oxigênio no ar e chegou ao fim do caminho bastante tonta e cansada. Além disso, a chuva que tomamos nos quilômetros finais deixou tudo mais difícil e o tempo fechado aumentou o frio. Umas capinhas de chuva de plástico bem vagabundas, que compramos pelo equivalente a 1 real cada quando vimos o tempo fechando, acabaram sendo a nossa salvação...



Chegando lá tivemos uma pequena surpresa negativa: nossas malas, que deveriam ter subido de mula, por um mal entendido ficaram nos carros, lá em baixo. O Rafa, que tinha subido só de bermuda e camiseta, confiando que chegando ao destino teria roupa de frio na mala, se deu mal... O jeito foi se encolher de baixo das cobertas do hotelzinho bem humilde e dormir até o dia seguinte, com a certeza de que se o universo nos mandou esse "presente de grego" é porque certamente é disso que precisávamos naquele momento para praticar o desapego, rsrsrs!




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