terça-feira, 4 de outubro de 2011

A Índia não é "um fim de mundo", é o início de tudo* (nova versão com mais fotos :)


* [Frase do nosso amigo Leo em um dos comentários no blog, que achamos super adequada para ilustrar nosso primeiro dia em Varanasi]




Varanasi é a cidade mais antiga do mundo, não porque tenha sido a primeira, mas porque se manteve ao longo dos milênios sempre da mesma forma. O ponto alto do dia foi aprender um pouco mais sobre esse lugar diferente, insólito, que foi epicentro de muitas coisas importantes. Nosso primeiro destino no passeio foi o local chamado Sarnath, onde Buddha deu seu primeiro sermão, para cinco monges e fundou a órdem dos monges. Fomos a um museu onde fica guardado, entre outros artefatos, um dos mais importantes símbolos da Índia, que pode ser visto no canto inferior de todas as notas de dinheiro. Trata-se de uma estátua de 4 leões, um olhando para cada lado, que simbolizam os quatro cantos do planeta, para onde Buddha enviou seus monges para espalhar o Buddhismo. Ela ficava em cima de um pilar monolítico de mais de 15 metros de altura.






Além desse monumento, o museu apresenta diversas estátuas, tanto de Buddha como das representações hinduistas de Deus. Tudo o que está no museu foi encontrado ali mesmo no local, e data de +- 4 B.C. a 10 A.D. Foi muito interessante ver essas estátuas. A mais conhecida, de Buddha sentado em postura de pregação, tem um efeito semelhante ao que existe na Monalisa: olhando de um lado, Buddha apresenta uma expressão mais séria e enigmática, enquanto do outro parece ter uma expressão mais sorridente e serena.







Em seguida, fomos a um parque ao ar livre, onde estão as ruinas excavadas do local onde Buddha deu seu primeiro sermão. Ali há monumentos em memória ao evento, e é muito bonito ver a mistura de pessoas de tudo quanto é canto do planeta, cultura e religião, apreciando em conjunto a grandeza do local. Muitos deles sentam ao redor do principal monumento e entoam mantras ou meditam. Para a Má, este foi um dos locais mais lindos e especiais da viagem toda, e ela ficou muito tocada!























Depois, fomos para a parte de maior aventura do dia: ver a Pooja do anoitecer. Essa cerimônia acontece à beira do Ganges, há milênios, todos os dias, faça chuva ou faça sol!! Para chegar no local, tivemos que deixar para tras o conforto do nosso ônibus com ar condicionado para pegar uns triciclos, de tração humana, que levam as pessoas nessas ruas mais estreitas. É interessante ver que vários locais usam esse serviço, não apenas turistas, apesar que eles tem um relação de pessoas por triciclo bem mais elevada que os estrangeiros, que vão de 2 em 2... A Pooja foi realmente uma coisa maravilhosa, e pensar que é uma tradição milenar nos deixou muito contentes de estar ali e poder presenciar isso!
Depois voltamos ao hotel, tomando uma cervejinha que o Hermes conseguiu para nós no ônibus, e fomos jantar e dormir em seguida, pois o dia seguinte começaria às 5h da manhã, com o passeio de barco para ver as poojas matinais e a cremação...























Na volta para o hotel "comemoramos" a Pooja com cerveja e convidamos nosso guia Lalit para jantar conosco!


Enquanto isso, estava rolando um casamento no nosso hotel!


3 comentários:

  1. Olá viajantes,
    Quanta honra "ganhar" um título de um post tão importante como esse!
    Obrigado!
    E que continuem curtindo muito a viagem!
    Um abraço!

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  2. Rafa e Maíra, está passando atualmente no HBO um mega documentário/filme dirigido pelo Scorsese sobre George Harrison: George Harrison Living in the Material world. O HBO dividiu em duas partes. Harrison abraçou a cultura indiana e hinduísmo em meados dos anos 1960.. lendo e vendo esse Post, não consegui evitar a associação com as imagens do documentário.. Qdo puder assistam!
    Avante, Viajantes!

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  3. Oi Leo (MeLeo), de nada!! Mérito todo seu, vc que mandou bem no seu comentário anterior e nos ajudou a bolar esse título, rsrsrs!

    Oi Leo (Leopoldina), obrigado pela sugestão, vamos assistir quando voltarmos para casa! Beijos!

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