quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Madrugando no Ganges!

Fomos os últimos a chegar no ônibus mas chegamos a tempo! Ufaaa, não queriamos perder esse passeio por nada! Fomos para a cidade, que estava impressionantemente vazia, comparada com ontem, já que os comércio a esta hora ainda estava fechado... Andamos por várias ruelas sujas até chegarmos o local onde pegaríamos nosso barquinho para o passeio. Foi lindo ver o nascer do sol ali, em meio ao Rio, com todas essas pessoas fazendo oferendas, homenagens, se banhando, etc..












Vimos diversos templos à beira do Rio, o guia nos explicou sobre a crença de que, morrendo do lado oeste do Ganges ali em Varanasi, as pessoas se libertam das reencarnações neste mundo, o Sansara. Assim, muitos vem para a cidade para morrer ali. Enquanto o lado oeste é todo colorido, repleto de templos e palácios construídos por Marajás que queriam frequentar o local, o lado leste parece um deserto, já que acredita-se que quem morre ali reencarnará como jumento.
Com tantas pessoas morrendo ali, existem dois grandes crematórios. A tradição diz que o corpo deve ser cremado em 24 horas ou menos, na presença dos membros masculinos da família, que devem raspar cabelos e barba e fazer luto durante 10 dias, após o qual tomam um banho purificador no Ganges para poderem seguir com a vida. Antigamente, todas as cremações eram feitas com madeira. No entanto, como é caro (são necessários 250 a 300 kilos de madeira para cremar um corpo), muitos corpos eram jogados no Ganges antes de serem totalmente cremados. Para evitar isso, o governo instalou um segundo crematório, a gás, que faz o serviço gratuitamente para a população. O fogo usado é milenar, sempre foi mantido aceso pois acreditam que foi o próprio Shiva que o acendeu!


Descemos do barco no crematório a madeira e caminhamos ao lado de uma cerimônia, foi muito forte... Não se podia tirar fotos por respeito, mas dava para ver claramente partes do corpo da pessoa em chamas. Depois, voltamos caminhando pelas ruelas do centro antigo ao nosso ônibus e fomos de volta ao hotel.


Mais tarde, após o café da manhã, foi a hora das mulheres, maioria do grupo, terem várias experiências interessantes. Primeiro, um homem que vende especiarias veio fazer uma visita ao hotel. Elas se encantaram com os diferentes cheiros e gostos das hervas e sementes que ele trouxe. Em seguida, fomos visitar uma fábrica de seda. O dono, um homem com um ótimo senso de humor, explicou em espanhol claro todo o processo, fazendo várias piadas. Depois elas se deliciaram olhando e provando diversas peças de roupa, e fazendo as tradicionais "comprítias"!!! Finalmente, após um rápido almoço, fomos a um palácio que hoje serve como loja de tapetes, onde assistimos um show de dança indiana clássica. Foi muito bonito. Após o show,o host, que parecia um Al Pacino piorado, ficou incentivando as moças a fazerem compras na loja, que tinha tapetes e todos os outros tipos de souvenirs locais! A Má se segurou bastante durante o dia todo para não comprar de tudo, comprando apenas umas pecinhas na loja de seda.









Ufa, quantas emoções para o público feminino! Mas agora era hora de pegar nosso trem para Agra! Como sempre uma aventura! Conseguimos colocar todo mundo e todas as malas no trem, apesar do susto: enquanto o Rafa ajudava as moças do nosso grupo a levantar as malas para colocar no vagão, o trem começou a andar lentamente. Resultado, o Rafa foi puxando a mala dele e de outra moça ao lado do trem que andava por uns cem metros na estação, em meio àquela bagunça de gente no caminho. Uma loucura! Mas finalmente conseguimos e agora estamos no trem, nas nossas "caminhas", a caminho de Agra!





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